* Festa no Minho


Os meus pais todos os anos se deslocavam ao Minho, para assistir às festas de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo. Este ano, decidi acompanha-los.

Eles, para fugir da multidão, ficam todos os anos num Hotel, em Monção, bem perto da terra dos meus avós, que viviam em Abedim.

Fiquei fascinado com a simpatia e simplicidade, das gentes minhotas, e logo no primeiro jantar, em terras do Minho, a funcionária do restaurante do hotel, sorriu-me com um olhar que me deixou nervoso. Seria preciso vir de tão longe para uma mulher me deixar a assim?

Os meus pais também perceberam que o meu comportamento mudou, e fizeram referência, que seria giro eu arranjar uma namorada, na terra dos meus avós. No momento de pagar, levei o multibanco, e consegui trocar três ou quatro palavras com ela. Descobri que se chamava Beatriz, e era extremamente simpática e desinibida. 

Decidi escrever nas costas do recibo do jantar, o meu número de telemóvel e o número do meu quarto. A semana passou, e ela todos os dias nos servia ao jantar, sempre com o mesmo sorriso. Decidi, não tomar mais nenhuma iniciativa, pois não sabia se ela era casada ou se tinha namorado, e também não queria ser abusador.

Na última noite de estadia naquele hotel, e por volta das 23h, recebi um sms de um número desconhecido, e com uma mensagem misteriosa. Alguns minutos mais tarde, recebi nova mensagem, que pedia para me deslocar até junto do castelo. Como sou extremamente curioso, assumi o risco e desloquei-me até lá. Quando lá cheguei, vi uma silhueta de mulher junto de uma guarita, era a Beatriz.

O que se passou entre nós foi uma forte atracção física. Ela empurrou-me para dentro daquele espaço cheio de história, e beijamo-nos docemente. Mas queríamos mais.

Propus-lhe irmos até ao meu quarto, no hotel, mas ela disse que não poderia ir daquele modo, para o seu local de trabalho. Fomos para casa dela, mas tínhamos de ter cuidado, pois os pais dela já estavam a dormir. Entramos sem fazer barulho, e fomos para o quarto dela. Chamou-me a atenção, o facto de ela ter um vibrador em cima da sua mesa-de-cabeceira.

O que é certo, é que aquele brinquedo foi uma excelente arma para início de festa. Passou com ele no meu corpo e no final, obrigou-me a chupá-lo, como de um homem se tratasse. Nunca o tinha feito, mas senti que ela adorou ver a cena. 

Aproveitou, que o aparelho estava húmido com a minha saliva, e penetrou-se, querendo mostrar-me a forma como gostava de ser penetrada. Adorei ver, roubei lhe o brinquedo, escondi-o e ofereci-lhe algo que lhe daria mais prazer. Entrei dentro dela, como de uma barra de ferro se tratasse. Duro, rijo e teso. Ela acabou por se colocar em posição bem empinada, para eu entrar por detrás.

Assim foi, enquanto lhe dava umas boas palmadas no rabo, entrava e saia de dentro dela com força e prazer. Aquela posição prolongou-se, e senti por duas vezes, que as suas pernas tremeram.

Senti que era a sua posição favorita. Ela para disfarçar os seus fortes gemidos, e quase gritos, de prazer colocava o dildo dentro da sua boca, e mordia-o. Eu também não consegui resistir muito mais, e acabamos os dois totalmente exaustos, e rendidos ao prazer. As marcas dos seus dentes ficaram bem marcadas no seu brinquedo.

Logo de seguida, ela pediu que eu me fosse embora rapidamente. Sai em passo apressado, e acabei por me cruzar com o pai dela no corredor, que me perguntou quem eu era. Não respondi, e comecei a correr sem olhar para traz. Percebi que ia haver confusão. Na manhã seguinte, a Beatriz não estava como era habitual, a servir às mesas no Hotel. 

Ela não me atendeu os meus telefonemas, nem respondeu às minhas mensagens, mas uns dias depois, quando eu já estava em Lisboa, recebi uma mensagem: “as marcas dos meus dentes neste vibrador, não são tão intensas, como o prazer que deixaste marcado na minha memória. bjs

Foto: Ragnar Schmuck (Corbis.com)

* Entre Blogs



Foi nas Redes Sociais que conheci aquela mulher, autora de um blog erótico, tal como eu. O meu melhor amigo, curiosamente, também falava com ela, e apenas descobrimos isso, por ela ser uma amiga em comum. Ela vivia longe, mas os 400km não foram um obstáculo para nos conhecermos, os três, mesmo sendo todos comprometidos. 

A vontade falou mais alto, e numa noite de verão, marcamos um jantar secreto, num restaurante calmo e com pouca luz, no Cais de Gaia. Foi engraçado aquele encontro com alguém com quem já falava à um tempo, mas não tinha o prazer pessoalmente. 

A conversa dos três começou interessante e aqueceu, tal e qual como acontecia na internet: “ai eu já fiz… eu já experimentei… eu gostava de fazer…”, mas o silêncio pairou naquela mesa quando ela disse: “eu gostava mesmo era de estar com dois homens, mas o meu marido não acha a ideia interessante…

Aquela frase despertou a imaginação dos três, e o António espontaneamente disse: “Estamos aqui dois…” e ela respondeu de imediato: “Se eu não fosse tímida, aproveitava a vossa oferta… mas eu sou casada e vocês tem namorada…” e agora foi a minha vez de responder: "… ficaria o nosso segredo. Gostávamos muito de te concretizar essa fantasia! Pensa bem... poderás não voltar a ter esta oportunidade..." ela corou, e sem dizer mais nenhuma palavra demonstrou a sua total entrega. Ela já era nossa.

Ela sugeriu que seguíssemos para a casa de férias da sua família, em Valadares. Ela conduziu o carro até lá, e fomos os três, calados, com a imaginação a fervilhar. Quando chegamos, ela tentava abrir a porta de casa, e o António encostou-se a ela, por detrás, para ela sentir o que lhe esperava. 

As mãos dele acariciaram-lhe as coxas, e fizeram subir ligeiramente a sua saia. Ela virou-se e beijou-o na boca. Eu aproximei-me, e acabei por abrir a porta, pois lá dentro seria certamente muito mais confortável.

E naquela sala, enquanto ela nos preparava umas bebidas, nós os dois tirávamos-lhe a roupa. Ficamos os dois fascinados com o seu corpo, com o seu peito, com tudo, e não paramos de a beijar. Rapidamente ficamos todos sem roupa, e agora o fascínio foi dela, ao ver que tinha dois homens incrivelmente duros, dispostos a tudo, mesmo à sua frente. 

Ela beijou-nos na boca, e foi descendo, beijando o corpo dos dois, alternadamente, até ficar de joelhos à nossa frente. As duas mãos serviram para nos apertar e sentir duros, e para direccionar aquela dureza para a sua boca. Um de cada, ela foi sugando aquilo que dentro de muito pouco tempo ia penetrar o seu corpo. 

De seguida, ela colocou-se de quatro naquele sofá, e enquanto chupava o António, eu beijava o seu corpo, deixando-a arrepiada. O meu dedo tocou-lhe e entrou dela, confirmando o estado perfeito em que ela se encontrava. Primeiro só um dedo, e depois dois, entraram e rodaram no seu interior.

O António quis ser o primeiro a entrar no sitio onde eu tinha os meus dedos, e penetrou-a por completo, enquanto ela me chupava intensamente. A excitação era tanta que era difícil de controlar, e rapidamente tivemos de trocar de posição. 

Agora era a minha vez, e a minha pele repleta de saliva entrou naquele sitio perfeito, enquanto o António lhe deu de provar à boca, o seu doce e profundo sabor. Ela estava cada vez mais suada das estocadas fortes que lhe dávamos, e um pequeno despertador que estava em cima da mesa, serviu de registo para a nossa rotação: cinco minutos para cada um, e voltávamos a mudar de posição. 

Ela ia ficar de rastos, e assim iniciamos a nossa alternância dentro de um sítio que deixaria qualquer homem louco. Ela ficou terrivelmente submissa e entregue ao prazer. Foi incalculável o número de vezes que aquele despertador tocou, dando ordem para efectuar a nossa troca, e na última vez, dei descanso aos seus lábios, e enquanto o António a preenchia por completo, eu dediquei-me a minha língua, a ponto mais activo do seu corpo. Aquilo foi o click para fazer explodir uma bomba…

Foi nesse momento que ela suplicou: “deixem a vossa marca dentro do meu corpo, quero fazer a viagem para casa, com uma recordação vossa a dentro de mim”… e foi isso que fizemos, primeiro um e depois o outro, que lhe oferecemos uma quantidade exagerada, digna de dois machos viris, que a deixou a transbordar, com um excesso que ela adorou sentir escorrer dentro do seu corpo. 

Foi uma noite de Verão incrivelmente saborosa e marcante para os três, e ficou secretamente guardada, entre os nossos dois blogues.

Foto: Creasource (Corbis.com)

* Filha da Vizinha




Eu tinha viajado para Manchester em Agosto, com o objectivo de fechar um negócio muito importante para a empresa. Como era habitual, deixei a chave de minha casa entregue à D.Inácia, a vizinha do primeiro andar. Eu vivia sozinho, num duplex no último piso.

Sempre que eu viajava, entregava-lhe uma cópia das chaves, para ela poder dar de comer, aos dois canários que tinha junto da janela da cozinha.

No entanto, o negócio foi rápido em Terras de Sua Majestade, e assim consegui antecipar o regresso a casa em dois dias. Cheguei num dia quente, típico de verão, mas com o céu nublado.

Quando sai do elevador reparei que a porta da minha casa estava apenas encostada. Entrei silenciosamente, pois provavelmente seria a D. Inácia, mas receei se tratar de um assalto. Entrei discretamente. Passo a passo e de forma prudente, fui até à sala, de onde ouvi alguns ruídos, que me parecia sair do sistema de som da tv.

Quando cheguei à porta da sala, espreitei, e para meu espanto, vejo a Sílvia, a filha mais nova da D.Inácia, uma irreverente jovem recém-universitária, estilo gótica-light. Cabelo escuro, um piercing no rosto, duas tatuagens bastante exuberantes nos braços, e um corpo que nunca me deixou indiferente.

Ela estava deitada no sofá, a desfrutar de um filme da minha colecção privada. Não se tratava de um filme qualquer, pois eu era um admirador e coleccionador de filmes para adultos. Este assunto era um segredo só meu, e era algo que ninguém desconfiava. Ela invadiu a minha privacidade, mas eu fiquei calado à entrada da sala, a usufruir daquele espectáculo. Não queria perder um momento que fosse, do que se estava ali a passar no meu sofá.

No ecrã, a europeia Connie Carter fazia tudo o que ela tão bem sabia fazer, e no meu sofá, Sílvia usufruía do seu corpo, embalada com o ritmo frenético das imagens da TV. Os sons que pairavam no ar era um misto de gemidos profissionais oriundos do filme, com o som perceptível dos dedos da Sílvia a tocarem do seu corpo.

Eu infelizmente, não estava numa posição que conseguisse ter uma visão completa do seu corpo, mas o som deixava-me em transe. Eu sentia a sua inquietação. O meu coração estava a rebentar. De repente, vejo-a tirar de cima da minha pequena mesa, uma das minhas canetas de colecção.

Percorreu o corpo com ela, até chegar ao sitio mais quente do seu corpo. Tocou-se, penetrou-se. Certamente, queria sentir algo dentro de si, que não fosse os seus dedos, e a grossura daquela caneta poderia alimentar a sua imaginação. Ela variava o ritmo, por vezes penetrava calmamente, outras vezes fazia o de um modo bastante rápido. Ela mantinha os olhos fechados e desfrutava do momento.

Eu já me encontrava num ponto de excitação insustentável. Mesmo por cima do tecido das calças do meu fato, sentia a minha dureza e apertava-a. O que é que devia fazer? Divulgar a minha presença ou permanecer incógnito? Mantive-me anónimo e discreto, ficando simplesmente como observador…

No meu sofá, a Sílvia parecia que estava finalmente satisfeita. Ela voltou a ajeitar as suas cuecas negras e a vestir as calças largas que estavam no chão. No ar da minha sala ficou a pairar um aroma irreverente de prazer.

Nunca mais consegui olhar na cara daquela jovem rebelde, sem relembrar aquele momento tão erótico. Uns dias depois, no seu dia de aniversário decidi-lhe oferecer uma caneta precisamente igual à que ela tinha utilizado no meu sofá. Ela olhou para mim e corou, ficando na dúvida da origem daquela prenda. Eu também tinha uma dúvida, terá acontecido só uma vez?

Foto: Peter M. Fisher (Corbis.com)

* Pacto de Verão




A Fátima foi minha namorada, quando fomos colegas na escola secundária, mas ela abandonou os estudos, e viajou com os pais para França. Acabou por conhecer Didier, casou-se, e ficou a viver perto de Lyon.

Como todo emigrante, durante o mês de Agosto, ela gostava de regressar a Portugal, rever amigos e família, e as tradições do país de origem. Eram 15 dias para reviver o passado. A minha relação com ela acabou de uma maneira que nenhum dos dois sabe explicar, mas a atracção nunca se perdeu. Estes 15 dias, nem sempre eram fáceis para mim, tinha sempre vontade de relembrar aquele beijo e sentir o calor daquele corpo.

Nos últimos dias que estavam em Portugal, aquele casal oferecia sempre um jantar de despedida, no Restaurante dos tios da Fátima. Ela estava bonita como sempre, com um vestido preto, que destacava a sua pele bronzeada. Eu fiquei sentada ao seu lado. Pouco conversarmos, mas olhávamos esporadicamente um para o outro, com vontade expressar algo que não tínhamos coragem de converter em palavras. O francês que tinha roubado a mulher dos meus sonhos, continuava a beber álcool sem controlo.

Num impulso descontrolado, coloquei a minha mão na sua perna, que a aquele vestido preto deixava descoberta. Ela não reagiu. A minha mão subiu discretamente, sem que ninguém percebesse o que estava a acontecer debaixo da toalha típica do restaurante.

Acabei por encontrar um tecido quente, numa temperatura que eu adorava. Até ao final do jantar, os meus dedos tocaram ali suave e discretamente. Ela parecia resistir à tentação.

No final da noite, o Didier estava de rastos. Bêbado, sem capacidade para conduzir, e eu ofereci-me para os levar a casa. A Fátima estava envergonhada pelo comportamento do marido, mas eu até gostei, pois serviu de desculpa para estar mais uns minutos com ela. Já em casa, carreguei-o até ao quarto, e o estado dele era tão débil, que caiu na cama sem reacção. Fiquei a sós com ela. Descemos até à sala, e ela ofereceu-me uma bebida, e confessou-me estar a ferver depois daquela mão atrevida a ter provocado toda a noite.

Eu confessei-lhe, que em muitas noites de solidão, a minha mão deu-me prazer, mas o meu pensamento estava em França, no seu corpo, na sua voz, no seu cheiro. Ela ouviu e reagiu, e com um forte puxão, rebentou alguns botões da minha camisa, e puxou o meu corpo contra si.

Cinco anos depois, voltei a ter aquele corpo para mim, a sentir aquele beijo, e a ouvir os seus desejos obscenos ao meu ouvido. Ela gostava de usar palavras fortes e obscenas. Tudo se desenvolveu rapidamente. As minhas mãos percorreram as suas pernas, fazendo subir o seu vestido.

Entrar dentro daquele corpo fez-me rejuvenescer. Com ela, sempre tive prazer de qualidade. Não nos largamos, em repetidos momentos de prazer, deitados naquele sofá branco, e a rebolando sobre aquele tapete castanho. Ela queria sexo, não queria amor. Queria sempre mais força, mais velocidade, mais intensidade. Estava insaciável... Ficamos loucos, e profundamente entregues ao momento.

E foi nesse ambiente de pecado, que ela confidenciou que eu tinha sido o único homem que realmente a conseguia satisfazer. Apenas eu lhe proporcionava o delírio do seu corpo, e apenas eu conseguia explicar-lhe o verdadeiro significado da palavra orgasmo.

E nesse momento fizemos um pacto, que todos os anos em Agosto, por uma vez que fosse, aquele momento de prazer tinha de se repetir, de uma forma totalmente secreta. Confessamos o nosso pecado e subscrevemos uma traição. A atracção dos nossos corpos era mais forte, do que qualquer casamento, união ou sentimento relacionado com amor, era o nosso instinto animal a falar mais alto.

Foto: Markus Henttonen (Corbis.com)